Protótipo Jezken
O sistema comum de marchas usado na maioria das bicicletas atuais é composto por multiplas catracas e a corrente é montada em um guia tencionado por molas que move lateralmente mudando a corrente de um catraca para outra.
Esse mesmo sistema é simples, leve, confiável e comprovado de funcionar bem porém existem alguns problemas com esse sistema. Alguns dos problemas são:
- Chain Slap (balanço da corrente) - pelo fato de a corrente ser tencionado por molas no cambio toda a vez que bicicleta sofrer um impacto na roda trazeira a corrente balançará e dependendo do impacto baterá na parte trazeira inferior do quadro.
- Impossivel mudar de marcha sem pedalar - No sistema tradicional de cambio é impossivel de trocar de marcha sem pedalar. Os modelos mais avançados são relativamente rápidos e você precisa de somente uma ou duas voltas no pedal para trocar de marcha mas é impossivel sem pedalar.
- Unsprung Weight (Peso não apoiado pela suspensão) - Esse "problema" é particularmente relacionado com com as novas bicicletas com suspensão traseira. Pelo fato de o guia da corrente ser "apoiado" diretamente na roda traseira o peso dele não é amortecido. Esse peso extra causa a roda a se mover verticalemente mais devagar tornando a suspensão não tão eficiente.
- Sujeito a Impacto Externo - Pelo fato de o cambio ser todo esterno ele é sugeito a pedras, galhos e/ou qualquer outro tipo de impacto externo.
- Pelo fato de a caixa ser centralizada na parte inferior do triangulo frontal do quadro todo o peso do sistema de transmissão é apoiado pela suspensão tornando a roda traseira mais "ativa".
- Assim como uma transmissão de moto a caixa de transmissão usa um sistema de multiplas engrenagens para cara uma das marchas o que torna possivel trocar de marcha sem pedalar.
- Todas as partes na caixa de cambio são feixadas tornado as partes moveis protegidas contra impacto externo.
- Como a corrente não tem que mudar em catracas de tamanhos diferentes ela não precisa ser tensionada por molas eliminando o "Chain Slap" (Balanço da Corrente).
O problema principal com esse sistema de caixa de transmissão é o peso. Porém os engenheiros dessa bicicleta estão dizendo que pelo fato de o peso ser baixo, centralizado, e sustentado pela suspensão o piloto não vai sentir muita diferença de pilotagem por conta do peso extra e ainda tera todos os beneficios da caixa de transmissão.
Na minha opnião esse tipo de transmissão será o futuro para as bicicletas de downhill mas acho que ainda demorará alguns anos para se tornar realidade.
Muito legal essa bike. Fiquei com algumas dúvidas. Quantas "marchas" essa bike tem? Acho difícil fazer uma caixa que seja pequena e leve com as convencionais "21 marchas". Sendo que eu já ouvi dizer que tem bike com 9 catracas e até 4 coroas, você deve saber bem disso. Por outro lado acredito não ser necessário ter tantas marchas, pois vocês andam sempre em descida, então é possível fazer um câmbio de 6 ou 7 marchas e acertar para cada pista trocando a coroa e a catraca. Quando o assunto é suspenão é sempre desejável reduzir a massa "pendurada" pela suspensão, mas no caso das bikes tudo é tão leve e os amortecedores são tão eficientes que não sei se teria muito ganho. Mas pela teoria é o jeito correto de se fazer um bom projeto. Outro detalhe interessante desse projeto foi posicionar a caixa, que deve ser o componente mais pesado da bike, prókimo ao centro de gravidade. Dessa forma tem-se um comportamento dinâmico muito bom, a ciclística melhora muito. Outra curiosidade que tenho é sobre o peso e o material das engrenagens, como o torque deve ser baixo é possível utilizar alumínio e talvez polímeros e alguns compósitos, como fibra de carbono e kevlar. Achei que o quadro poderia ter um design melhor para a distribuição das tensões. A barra inferior esta praticamente solta, dessa forma ela vai trabalhar sobrecarregada. E a única solução que vejo é copiar os quadros de moto. Você podia comprar uma para gente experimentar!
ResponderExcluirAbraço.
IGOR
Respondendo ao Igor:
ResponderExcluir- Com relação as marchas: Essa bicicleta tem 7 marchas o que é suficiente para uma bicicleta de downhill. Bicicletas de downhill normalmente tem somente uma coroa com 9 catracas. Porém alguns proficionais já estão experimentando um sistema novo com somente 6 catracas (o que ajuda na redução de peso) e também para diminuir o movimento lateral da corrente.
- Com relação a "Massa Pendurada" eu também não sei o quanto fará de diferença mas contando que vc salvaria peso com catraca, cubo da roda, corrente menor e provavelmente o eixo mais curto. Acredito que proporcionalmente ao peso total da roda seria um ganho rasoável.
- Uma coisa que vc comentou que eu ainda não tinha notado no design do quadro é o fato da barra inferior ser a unica conexão do triangulo frontal com a parte inferior do quadro. Realmente não parece ser uma boa ideia. Normalmente em outras bicicletas tem um tubo curvado em cada lado do quadro que liga o tudo do banco com a parte inferior do quadro e o amortecedor passa pelo meio desses 2 tubos (Depois vou tirar uma foto da minha bicicleta para ilustrar isso melhor).